Para entrar de forma ativa no mercado financeiro, e no mundo dos investimentos é necessário o básico de educação financeira para compreender alguns termos e entender o que é aplicação financeira e como fazê-la. Para isso, você precisa definir e entender o seu perfil como investidor. Já que as possibilidades de aplicações financeiras são inúmeras e apresentam prazos, rendimentos e diversos outros fatores que vão variar de acordo com a opção que se adeque ao seu perfil.
Antes de qualquer coisa, você deve ter em mente que nunca, em hipótese alguma, é recomendável você invista todo o seu capital em apenas uma aplicação. Sua carteira de investimentos deve ser a mais variada possível, para que você não sofra em demasia por uma queda acentuada, ou se iluda por um aumento pontual. Por isso, é importante entender que não irá ficar rico do dia para noite, já que as aplicações financeiras normalmente tem um foco em médio e longo prazo, com rendimentos que não são capazes de mudar a sua condição financeira de uma para outra, e sim para servir como uma renda extra ao final do mês, por exemplo. Então, você deve entender o seu perfil como investidor antes mesmo de começar a pensar em investir.
O que são aplicações financeiras?
Aplicações financeiras é o termo utilizado para se referir a um investimento que é realizado. A aplicação não é o produto em si, mas sim o ato de realizar um investimento. Nesse caso, os produtos financeiros seriam as ações, CDBs ou fundos, por exemplo. Portanto, uma aplicação financeira é quando você compra um produto financeiro com o intuito de ter uma remuneração/rentabilidade em cima desse valor que foi aplicado na “compra” desses produtos financeiros.
Tipos de aplicações financeiras
Para introduzirmos os tipos de aplicações financeiras oferecidas pelo mercado, é necessário entender alguns termos que serão bastante utilizados nesse meio e que são de extrema importância pois interferem diretamente nas aplicações que você poderá fazer. Os termos que formam o “tripé dos investimentos” são: rentabilidade, liquidez e risco.
Rentabilidade
A rentabilidade nada mais é do que aquilo que você vai receber ao final do seu investimento. Ou seja, a rentabilidade de uma aplicação financeira é o quando o seu ativo irá render.
Liquidez
A liquidez de uma aplicação, é a velocidade na qual você pode “resgatar” o seu investimento. No caso de uma aplicação com liquidez diária, por exemplo, você poderá resgatar seu investimento em 1 dia útil.
Risco
O risco, assim como o próprio termo já diz, é a possibilidade de o seu retorno não ser o esperado. Podendo às vezes causar prejuízo
As aplicações financeiras podem ser divididas e classificadas em dois grupos, as aplicações de renda variável e as de renda fixa.
Renda Variável
A renda variável, como o próprio nome já diz, varia. Isto é, não se pode assegurar qual será o rendimento nesse tipo de aplicação. Existe o risco de se ter rendimentos menores que o esperado, ou até mesmo prejuízo. A rentabilidade de sua aplicação financeira, nesse caso, irá depender de diversos fatores de mercado, portanto é influenciada por fatores externos. Esse risco “elevado”, vem junto com a possibilidade de atingir rendimentos maiores no longo prazo.
Renda Fixa
A renda fixa, diferentemente da renda variável, você já sabe qual será o seu rendimento ao final da aplicação. Normalmente, as aplicações financeiras em renda fixa são condicionadas a algumas taxas pré-fixadas ou índices econômicos como o IPCA e a Taxa Selic.
Prazo dos investimentos
As aplicações financeiras variam de acordo com o produto financeiro, e são divididas em curto, médio, e longo prazo.
Curto prazo
Investimentos a curto prazo são aqueles que o tempo de retorno não se distancia muito de 1 ano, podendo chegar até mesmo a 2 anos. Um exemplo de investimento a curto prazo pode ser o Certificado de depósito bancário(CDB) que tem a sua rentabilidade condicionada ao prazo deste. Então, normalmente quanto maior o prazo, maior a sua rentabilidade. Outro caso, seria investimento em produtos financeiros de alta volatilidade, que nesse caso seria uma opção de renda variável.
Médio prazo
Investimentos a médio prazo são aqueles que o tempo de retorno varia de 2 a 10 anos. Nesse caso, o ideal é buscar investimentos com pouca volatilidade. Um bom exemplo, seria investir em LCIs(Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs(Letras de Crédito do Agronegócio). Esse tipo de investimento funciona basicamente da mesma forma que os CDBs, mas estão
relacionados ao setor imobiliário e do agronegócio, enquanto os CDBs são a bancos.
Longo prazo
Os investimentos a longo prazo são aqueles que apresentam retorno após 10 anos. Nesse caso, é importante se atentar e buscar uma rentabilidade pós-fixada e que esteja atrelada à inflação. Desse modo, você tem como uma proteção, garantindo um rendimento real do seu dinheiro.
Em qual das aplicações financeiras investir?
É sempre importante compreender que investimentos devem ser feitos em conjunto. Ou seja, você deve criar uma carteira de investimento que te proporcione diversas formas de gerar renda, a fim de amenizar seus riscos, controlar seus ganhos e poder absorver possíveis prejuízos de forma que a sua carteira como um todo não seja brutalmente afetada. Isso deve ser feito independentemente do seu perfil de investimento, afinal nenhum investimento é 100% seguro. Por isso, a galinha nunca pode por todos os ovos no mesmo cesto, então diversifique suas rendas.
Melhores aplicações financeiras
As melhores aplicações financeiras vão variar de acordo com o seu perfil como investidor, que pode ser tanto conservador, quanto moderado ou até mesmo arrojado. Eles vão se diferenciar pelos riscos assumidos.
Perfil conservador
Normalmente, um investidor de perfil conservador vai buscar aplicações financeiras em renda fixa com uma baixa rentabilidade, em relação a outros investimentos. O conservador não assume riscos dentro do mercado, só se submete aos riscos que todo o investimento tem, da empresa ou banco quebra, e por isso deve ser bem avaliado antes do investimento. Normalmente, o conservador apresenta uma carteira com pouca variedade de aplicações e todas de baixíssimo risco. Desse modo, sua carteira deve ser composta por CDBs, LCIs, LCAs e títulos do tesouro pré-fixado.
Perfil moderado
O moderado é um intermediário entre o conservador e o arrojado. Com a cautela do investidor conservador, o moderado assume alguns riscos a mais podendo entrar no meio de aplicações financeiras de renda variável. Sua carteira deve ser bem diversificada entre os tipos de aplicação, podendo ser formados por investimentos em fundos, ações que paguem dividendos, debêntures, títulos pós-fixados. Assumindo mais riscos, o investidor moderado tem um potencial de rendimento maior.
Perfil arrojado
O investidor arrojado ou arriscado é aquele que não se preserva de riscos, e faz operações de alto risco em produtos financeiros de alta volatilidade. Estão prontos para assumir riscos, e portanto compõem sua carteira, com investimento na bolsa de valores. Normalmente ações e fundos multimercados estão entre as preferidas do grupo com esse perfil. Esses são os que têm o maior potencial de rentabilidade, por assumirem os maiores riscos, ao mesmo tempo, estão mais expostos a prejuízos em troca disso.
“Mas qual a melhor aplicação financeira?” A resposta é que não existe a melhor ou pior, e sim aquilo que vai corresponder ao teu perfil como investidor baseado nos riscos que você deseja assumir, em busca de rentabilidade.
Opções com bons rendimentos
Separamos algumas opções com bons rendimentos, com riscos variados e que irão servir ou não para você de acordo com seu perfil.
CDB
O certificado de depósito bancário, consiste em um empréstimo realizado a bancos. Esse investimento normalmente tem seu rendimento baseado no CDI, trazendo uma rentabilidade próxima da Selic. Os CDBs possuem diferentes prazos, portanto fique atento, afinal é um investimento de renda fixa e que visa o médio prazo. Busque sempre certificados de liquidez diária que irá te permitir resgatar o seu investimento sem que haja nenhuma dedução da rentabilidade.
Tesouro direto
O Tesouro Direto é quase uma espécie de CDB, mas a instituição para quem você “empresta” seu dinheiro, é o Governo. Tem diversos tipos de títulos, com vencimentos variados. Deve-se atentar acerca da rentabilidade, se será pré-fixada, pós-fixada ou híbrida, a fim de entender se a inflação poderá te causar prejuízo no vencimento do título, quanto você receberá o retorno do seu investimento.
LCI e LCA
Dessa vez, as siglas são outras, mas o conceito é quase o mesmo. Os LCIs e LCAs, são empréstimos para financiar os setores imobiliário e do agronegócio, respectivamente. Essa é a principal diferença entre esse investimento e o CDB, que é relacionado diretamente a bancos.
Fundos de investimento
Os fundos de investimento consistem em um conjunto de capital administrado por um gestor, responsável por identificar os melhores investimentos disponíveis no mercado. Os fundos de investimento podem variar de acordo com o perfil dos investidores. Desse modo, procure um fundo de investimento que se adeque ao seu perfil.
Ações
As ações podem ser a roleta russa dentro das aplicações financeiras, sua alta volatilidade pede que se tenha bastante cautela e diversifique os setores das empresas que você possui ações. Em um cenário hipotético, você possui uma carteira diversificada mas que é composta por ações de diversas empresas do ramo de geração de energia. Surge uma crise de recursos que afetam todas as empresas desse meio, e você acaba por ficar de mãos atadas. Por isso, diversifique suas ações e principalmente o ramo das empresas escolhidas, para evitar ao máximo um prejuízo brusco de uma só vez.
Fundos imobiliários
Os fundos imobiliários são uma opção para investidores que não se preocupam em assumir riscos. Consiste basicamente em você comprar parte de um imóvel.
“Mas como assim ? Eu vou comprar um quarto, ou um banheiro?”
Na verdade, é quase isso, mas sem a parte física, você se torna um dos donos dos imóveis controlados pelo fundo e recebe uma renda que é a parte do aluguel desses imóveis. Por ser uma renda variável que depende bastante de diversas condições mercadológicas, atente as regras e políticas de cada fundo e se pesquise antes. Pesquisar antes ajuda a combater a emoção e faz com que você possa trabalhar no mercado com racionalidade, que é o que deve ser feito sempre.
Agora que você pôde compreender alguns princípios básicos acerca das aplicações financeiras e suas complexidades, é praticamente impossível que seu “eu interior” não tenha despertado um lado investidor. Por isso, é necessário antes de tudo, uma saúde financeira. A Credisul é pioneira no mercado. Buscando sempre trazer educação financeira aos seus clientes, possui diversas soluções financeiras e pode ajudar na gestão de contas e controle da vida financeira. Há 22 anos atuando nesse mercado, ajudando os clientes a realizar o sonho da casa própria, do carro novo ou de quitar aquela dívida.